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ainda
há quem é da época dos eunucos
e
não se emenda rodeado de rainhas e rameiras
e
não sai da sua tétrica toca o tartamudo
é
pra lira tangida por talentoso tímido
um
asno que aguenta abundância de matéria
mas
vaca pro palácio do pensamento e os políticos
nos
seus peitos e os pastores a pele lhe curtindo
se
ao menos ele da era de enormes navegações
da
china mas assim inda nem ibéricos ao indo
difícil
tirar o antolho do altruísta que seus antojos
pra
roncar no regelo regala aos ladrões
que
dormem no quentinho a contemplar de quatrolhos
difícil
e extremo a escolho que não se enxerga
começar
a viver e aos verdes dar o visto
depois
de se descobrir a duras penas sem regra
que
se estava morto em milenar monolito
extremo
demover da doxal laje a dureza
pra
em matas remotas ressuscitar renhido
do
humano silêncio pra silícicas selvas
de
som e devastá-las depois do desmedido
de
mortes e mentiras por uma mentira dessas
de
sobeja cegueira que nem cegos sem testículos
com
telescópio na testa lhe testam o sentido
porque
argila velha que perde de vista o vivo
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