sábado, 4 de outubro de 2014

364

ainda há quem é da época dos eunucos
e não se emenda rodeado de rainhas e rameiras 
e não sai da sua tétrica toca o tartamudo
é pra lira tangida por talentoso tímido
um asno que aguenta abundância de matéria 
mas vaca pro palácio do pensamento e os políticos
nos seus peitos e os pastores a pele lhe curtindo
se ao menos ele da era de enormes navegações
da china mas assim inda nem ibéricos ao indo
difícil tirar o antolho do altruísta que seus antojos
pra roncar no regelo regala aos ladrões
que dormem no quentinho a contemplar de quatrolhos
difícil e extremo a escolho que não se enxerga
começar a viver e aos verdes dar o visto
depois de se descobrir a duras penas sem regra
que se estava morto em milenar monolito
extremo demover da doxal laje a dureza
pra em matas remotas ressuscitar renhido
do humano silêncio pra silícicas selvas
de som e devastá-las depois do desmedido 
de mortes e mentiras por uma mentira dessas 
de sobeja cegueira que nem cegos sem testículos
com telescópio na testa lhe testam o sentido
porque argila velha que perde de vista o vivo   

Nenhum comentário:

Postar um comentário