quarta-feira, 1 de outubro de 2014

121

já às cinco madruga quem manda no mundo mero
e consistente cruz-credo de concreto armado
pra desconstruir o sono de tão suave severo
sem brasão mas bom de berço e balanços de rede
apenas ao acordarmos atentamos pro fato
e ainda fico a sonhar no cinema do sensciente 
com brasis às dozenas até despertar às dez
e escrever o dia me ditado das distâncias
em quebra-quebra-cabeças que começa com meu seis  
mas o momento é lento de lesmas no lamaçal
na ruidosa rudeza desta rápida estância
turvo de turbulência na temporada atual 
sem os talentos tales de temporais intrépidos  
menos nestes meus memes que movimentam protinos 
pra esquentar com taras o temperamento tépido
daí se assenta algo de acidental súbito
como colossal súcubo a sacudir meus sentidos
sem tomos de mosteiro a mostrar morais matutos 
e eu já vejo um jove ainda jovem de juba
como ancestral íncubo a incubar um império
de antes e amanhã no aqui de quimera e buba
pegados com rebanho de revelados réus
no abstruso agora dum antiquário homério
do qual nunca ninguém será nomeado pro céu 

Nenhum comentário:

Postar um comentário