sábado, 4 de outubro de 2014

304

há na grande poesia patriota à palavra
entre gênios ferazes de freezers e fogueiras
de eras diferentes de democracias ditadas  
ou tiranias de brics e bracs de brincadeira
epistasia incessante por intimação do instante
tal se epístola de epíforas ou e-mail de carreira
sem um meio comercial pro carteiro comer
hipotequei o hipotético eu sou um hipostático
do presente pro epitáfio da epitácio aos élisées
um guia dos góis pra poetas do pós que se proverão
ao manjar minha mente na mesa dum café 
mesmo meu pensamento a potência do pão
não existindo mais com mãos medos e metais
mas meu livro é o fato pra ficar além fumaça
é o globo de gás um gol dos dois iguais                                                    
furiosamente fértil feito a partir das partes                                      
dum nada distintivo das demais doze desgraças
da mãe material pra milagrosa arte
pois o arquivo da minha mente duro de moê-lo                                           
é muito diferente dos dopados demenos                                                        
pra progredir se precisa e aos poucos entendê-lo                                        
mais que saber de uns e zeros nas zoações de zeno                    
imprimir ímpios impérios na imprecisão do quero                                                
o infinito pesadelo sem pena de punir penos

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