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quem
é o oneroso pó que de pai se perora
mas
nunca aparece pra apresentar-nos agora
sua
aparência papal de padrasto pachola
e
como argilas cruas e costelares suas crias
de
nós não tem ciência na substância superiora
nem
sabe o que somos em séria fisiologia
apenas
nas flébeis preces dos preconceitos pretéritos
se
como seu sangue sujo de semas nos soubesse
do
genoma primata sem primazia de projeto
certamente
saberia que símio o homem é
e
assim sem sal pra semente semeadura e messe
da
perdida salvação dum sacrossanto ser
que
nós não conhecemos na colheita do coito
na
hora satisfatória do sexo selvageria
porque
pai é quem cria a criança pro cosmo
ou
no mínimo o fator pro feto sair duma fria
como
me crio um caos a cada noite afoito
pra
me fazer um fantil ao fulgurar do dia
a
esse divo dantesco que dita mau-humor
não
sigo e não sirvo pois meu signo a se alegrar
nem
pra sua miliar febre de feitor em furor
que
flagela os servos co sudário até sangrar
tal
fetiche fabular é só o meu faltor
e
nada do seu nodo e não me pastorará
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