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a
morte não martiriza ou manumite nem priões
iguala
nada a tudo pra se testar mais teses
quando
pra sempre para a produção de prisões
quer
pra si só o nada do nunca e nula até nêmesis
e
tira o que tínhamos na telúrica vida
pra
de tudo deixar aos descendentes deuses
assim
a morte poetizo por poder não por propina
tal
um ávido davi de dotações divinas
que
não teme gigantes sem jeitinho nem ginga
sua
lira dedilhando depois de detonar
um
marido cornudo da conquista concubina
tal
um insano sansão que se sabe solar
e
entre os capitéis das colunas cativantes
ainda
que careca se quiser conseguirá
com
os mil maxilares dos mitos do levante
que
nunca ventaram vida a um verme sequer
nem
capitulam cegos nem por samsáreas sanções
pois
os deuses não vivem de víveres de se ver
e
por essa e espécie de especificações fora
é
que são imortais nas ideias e ilusões
sem
vinda de esperança de estar pra ir embora
nem
ida de adeus ou por azar ao ateu
de
canto a qualquer canto do cosmos sem demora
nem
começo de criança nem conclusão de apogeu
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