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ao
desconhecido deus dos desmandos da mente
de
anímicos aleijos do além ininteligente
que
é dúzias de demônios dentro incontinentes
duma
monacal mônada do mentiroso nada
é
dúvida doadora de deidades pra lisonja
intensamente
hipócrita em igrejas pras manadas
e
apesar de mudo a miríadas moganga
sua
melosa melódia em malfeitas cantilenas
a
se contar cantar uma carranca santa
a
uns poucos poetas pra posteridade hienas
de
arcanjos javistas e jejuantes joanas
e
eu um vaso vazio das vozes agourentas
mas
de corporais provas sou um poço profundo
do
único humano a uivar pros anejos
e
de súbito surto eu subo aos absurdos
dos
ápodos apodos sem arpejos de pejo
e
nos círculos celsos me sublimo sem receio
nem
apneia a pular no pináculo poético
pra
observar as ovelhas oberadas imbecis
e
do calmo cumeeiro do concretado outeiro
das
assinaladas cercas do céu com sombras anis
de
cabeça caio em pé nos carmins dos luciferes
e
daqui o que quero é credencial cariz
pra
desafiar os deuses das doxologias das reses
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