sábado, 4 de outubro de 2014

302

enquanto a lusitânia língua e não lugar
persistirá o polímata poeta no abecedário
até mesmo noutras saídas e sem sinais a citar
pois venho de transferência por tempo trimegisto
do império português o primeiro planetário
de pessoa vieira e camões mas pra quanto o conquisto
seu quarto imperador sou e o inédito pelo ilhão
de vera cruz vaticino que não virá o quinto
mas nem a história a poesia e o planeta passarão  
pois de mim sairão dez ou dezenas de domínios 
não sei ao certo a soma em suma a epifania
ca posteridade pifa mas prolepses co antigo 
a mentira melhoram e mostro genealogia 
bopp castro chamma e alves haroldo alexei e cláudio
accioly garcia e gama gullar gonzaga e dias
nejar tolentino e jorge junqueiro gerardo e mário
cassiano solha e sousândrade sant’anna durão e enfim
cecília femínea fala pra fora do armário
pois poeta e não poetisa de pífias facilidades
só o difícil move o macarrôneo machim 
e os superiores de sorte sorriem por dificuldades
o bushidô dos bardos blindando o passado
sob minhas asas milênios pra macronésia brindemos
no círculo sem centro e eu cego vendo seus lados 

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