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o
corporal acima da alma se arvora
quando
as coisas sem causa em caravanas vão más
ou
distraídas nem se diz diferença de piora
entre
uma e outra no ostracismo de orixás
a
alma não é prana que plana plena por aí
sem
ajuda dum corpo não sei como nem cais
e
não deve valores nem velórios aos vanir
está
além por si só do senso dos censores
dos
lobotômicos liames dos loucos presos em si
atavicamente
atados através de suas travas
às
moedas de mamom e aos monoteístas credores
porém
sem pé-de-cabra nem parvos abracadabras
às
degêneres cobras de cornos em cavalo
só
há alguns alguéns que abrem mão de cobrá-la
ou
aos regenerados dândis que deduzem sem diálogo
que
nós todos a temos porque tê-la devemos
e
conosco a mandarão pro mistério numa mala
mas
é a alma imortal nas imolações de ingênuos
de
mim afora apenas nos aleives duns poucos
dentro
terminará com o tempo em torpor
pois
se a alma é concreta é caroço do corpo
e
o corpo que sei concreto a casca da alma ou pior
nem
sei e não me perguntes da polpa pois me poupo
entre
as duas metades mister pro místico-mor
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