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sem
cair como ícaro do ígneo na hidrosfera
eu
dos santos da selva cintilante acordei pois
da
coroa do carvalho sou o cara e a fera
sem
acordo com carneiros de calvário no cruzeiro
que
não pulam a cerca que lhes separa dos sóis
acordei
com aroma de alma de puteiro
combustível
inflamável mesmo ao inverno infernal
e
xamanizado em xis de chama sem calmaria
a
defrontar os deuses que não dormem ao luau
e
os tementes dementes que não despertam de dia
o
oráculo me confessa o como o quando e em qual
e
eu arauto do ateísmo sem atavismo de tia
nem
mora por horário ou oratório pra orião
que
postergam o progresso do pensamento nítido
poeticomaquia
conflagro sem cartel nem convenção
aos
anestésicos mitos neste mundo metidos
e
sem ter testemunhas além de todos os eus
um
logo após o outro em óbito de olvido
com
materialismo mato e os misturo com novos
em
lapsos de largar o lápis no papel
acordei
pra abandonar a animália aos corvos
e
pujar a palavra em pantomimas sem travos
a
afligi-la e acossá-la como um algoz bravo
com
o tripé torturante do trabalho escravo
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