terça-feira, 7 de outubro de 2014

461

eis aqui o obscuro orbe obstáculo no meio
do caminho do cosmo a cabulosa bola
de cristal como câmera pros cabeludos rodeios 
de cristãos taoístas ateus e ativistas ambientais
enquadrar neste plano pra eu perdurar a parola
pois sabendo do presente eu possuo os postais
pra fazer o futuro sobre o fio do minuto
acabando com o atual que amanhã prossegue
pra ampliar o passado peso e melhor produto
com o qual não podemos mas perfeiçoaremos pai
que a fuder com floras até fazê-las fezes
me criou pra eu me manter menestrel sem manuais
quando os musclos não mais moleza de mulher
pelo espiritual que extraio ao me exercitar
e me salvo pelo filho filosófico sem fé
dum fauno o livro que leva pra lugares e eras
novamente nunca dantes navegados ou já
que a história não acabou aposto e ela acelera
não contra deus desfaça-se o dus mas ao meu favor
e o que passou precisa de presente e a minha está
só no princípio posto que a poesia não acabou
e acerto amplamente com algumas lacunas 
mínimas pois a minha medra agora de cor
e mente pura que não se proíbe a própria loucura

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