quinta-feira, 2 de outubro de 2014

229

a razão essa rainha de ruído descomunal 
nos recria a realidade por rédea que desconhece
nos transforma o campo continente carnal
em modelos de polícia pro pensamento em prisão
e as cidades em sítio de saber o ancestre 
pra saudade do campo contido no coração
enquanto se encontra o ente no concreto 
uma loa ficcional de farmácia e festas 
pra fugirmos das feras fantasmas e insetos
da primeira idade que o inconsciente infesta
não sobrevive lógica ou lá também não load
fora das lans das lojas dos liceus só nas florestas
em toda a natureza dos nanos às nebulosas
nem a falhada em folhas e feixes e em coldres
quando apenas falda sem força fecundosa
nos grunhidos da carne com carapaças pras crenças
se encaminhando ao molho de madeira à mesa
nem aquela acertada na análise intensa
quando está calada na covardia dos aoristos
e cunha em silêncio a cerceante certeza
pra todos os sujeitos entre si tão sinistros
é dúvida divina dadivoso espanto
o pensado porque é o plus o cogito
e o restante do corpo sem cabedal pra tanto 

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