segunda-feira, 6 de outubro de 2014

399

de muitos na tradição de transnacionais de tiro                                            
ou poucos nos demagógicos domínios desta data
a democracia é desgoverno dos detritos
se é súdito na vida de virgens e vira-latas 
ou senhorio de casa cabaré duma casta
e pretendo o principado do primor aristocrata 
da maisquerência sob mando do melhor que sou eu
e o melhor é o tirano dos tolos e o tributário
de ninguém a negar té o neném do só meu  
por enquanto me vou sendo o senhor já sagrado 
com tantos eus que trocam de turno sem salário
pois tudo sirva pra mim na manteiga e mastigado
ou nada vale um vintém senão no meu versário
conquanto se pra outro o ouro me horroriza
se não é em e por mim a menção dos mensalários
se doutra dimensão do dever desviada
pra não me divinizar mas dou valor às divisas 
e aos comícios dos amigos e amaldiçoo as almas
que me servem à guisa de gozação ou guiza 
e sou digno de louvor na sarjeta ou em sargento
até gente indiferença pois me importa a incisa
do sou o que sou condigno de consagração ao corpo
pesado pelas perdas da pansofia mas o gênio
no geral se especializa a cada estrofe em estouros  

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