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eu
pensei como quem não quer nada quimérico
e
começa a expedição ao eldorado do ego
em
conquistar continentes sem conhecer quantos eram
com
minhas próprias mãos moldadas pra inovação
quando
veio a preguiça cum pinheiro e pregos
pra
segurar a direita de deus que sou desde então
tirana
com suas técnicas e tics nervosos e rápido
comecei
a escrever duma estrofe a um épico
e
meu caráter caseiro e conquistador barato
combinou
com a poesia que da porta não passo
mas
sou o único coiso que conquista o cosmo
e
comigo não enguiço de tanto encher espaços
pois
a única certeza pra eu saltar a cerca
do
cerco é que na dúvida e isso se dá direto
eu
escrevo com raiva rasgando rosa em charneca
sem
tetrafólios trevos pra teatralizar as laudas
escrevo
já que sou em cada célula o sexo
necessidade
púbica ainda puto a patadas
e
mais cínico que crítico os coetâneos e os clássicos
eu
leio e a lembrança sem as leis da letra artística
mais
se arruína arredondando arabescos caligráficos
e
escrevo e experimento hespérias que nem cansa
como
se em bises voasse de veraneio e a vista
bayeux
na frienta frança financiando minha infância
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