terça-feira, 7 de outubro de 2014

453

da realidade de bom se banhando com beldades                                                
e mau mergulhando alto no árido açude
em retas sem boom fiquei de fastio farto e há-de                                          
agora em diante ou desde já há décadas                                                       
só curva indiferente introvertendo a inquietude                                                      
no meu quadrado quarto sem carência nem de cuecas
pois inda não me cansei conquanto tantos cânceres
de viver ouvir ver vocabular té você
contudo conviver é um cansaço constante
somente não superior ao de sobreviver
mas um dia não sofrerei com as súcias que não sabem
eu não gosto de grupos nem ganhos por afazer 
de obrigação sectária civil social soldadesca
nem de amigos que anseiam sem o asseio da saudade
por minha presença assídua e nem aceno e apenas
a minha companhia pra currada e a conversa
não me maça tão massa ca mão na taça sempre
a massa com suas copas é que capa a cabeça
porque nunca meu êmulo existo exclusivamente 
embora soe o sonho de me superar e a ação
em palavras preciosas preciso que eu me invente
negando notadamente os negadores do eu
dizendo o contrário do que clama o coração 
e desolando mundos monopolizando o meu

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