quinta-feira, 2 de outubro de 2014

258

nascemos pra ser outros nas ondas deste oceano
além dos símiles símios de sempre há cem mil anos   
morremos sem a mínima moral pois somos enganos
inclusive se formos na fornalha das fés
nosotros no além que alimenta a anima
porém nunca ninguém noticiou se é 
ou há lá pra havermos ca alma sem orifício
morrer é deixar de ser sem sofridos sofismas
até a inexistência da ideia do indivíduo
isto sei sem esforço a enxergar tantos enredos  
nem que seja eu mesmo o maior dos momentos
viver é pertencer como pedra num prédio
o mínimo no mundo a mala de todo traste
e o máximo escravo especial eromenos
do inviso indiviso de incongruência erastes
se divertindo sacrílego com a santa cegueira
de borrar em morno o brilho nem brasa nem granizo
num sentido superior em saque e estupro de guerra
no escaldante excelente está em mim como gênio
que interiorizo equânime e extremo exteriorizo
sim não dum deus demais ou demônios demenos
espécimes da espécie que estão eu como seres
estiveram e estarão como estranhos no siso
pra serem a essência de estanque não a entreveres

Nenhum comentário:

Postar um comentário