terça-feira, 7 de outubro de 2014

451

nunca nada existe a experiência ensina
pós-morte pra quem morre não monta por qual mote
pois morrer é mais fácil até os filhos se finam
que viver seja um vírus ou um verso de estrambote
pois nem um trilionésimo de tudo tem natal
porém sempre há algo após a alheia morte
pra quem continua vivo a vender os vencidos  
ca maior vontade da vida dos vivos em geral 
que é não mirar morrer se a moléstia não for pirro  
nem as amarras do auto-amor tão abaladas
e sempre tudo existe o ensino experimenta
existo e sou meu fim nem que me finquem a faca
e as coisas continuem caindo sem meu peso
sem dúvida a vontade de viver mais vinte ventas
porém pode ser apenas apenado do apenso
por enquanto na escola no escritório no ego
pois a certeza decai na diversão dos doidos
se espero espectro e não esperto pego
assim quando cansado eu quiser meu suicídio
me selarei pra sempre e servirei de consolo
ou suprimento pra vacas no varejo do verídico 
tal sumidos setenta bilhões de seres humanos
nem ligarei pra quem continuar a comer corpos 
de paca tatu cotia também até o tutano  

Nenhum comentário:

Postar um comentário