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nunca
nada existe a experiência ensina
pós-morte
pra quem morre não monta por qual mote
pois
morrer é mais fácil até os filhos se finam
que
viver seja um vírus ou um verso de estrambote
pois
nem um trilionésimo de tudo tem natal
porém
sempre há algo após a alheia morte
pra
quem continua vivo a vender os vencidos
ca
maior vontade da vida dos vivos em geral
que
é não mirar morrer se a moléstia não for pirro
nem
as amarras do auto-amor tão abaladas
e
sempre tudo existe o ensino experimenta
existo
e sou meu fim nem que me finquem a faca
e
as coisas continuem caindo sem meu peso
sem
dúvida a vontade de viver mais vinte ventas
porém
pode ser apenas apenado do apenso
por
enquanto na escola no escritório no ego
pois
a certeza decai na diversão dos doidos
se
espero espectro e não esperto pego
assim
quando cansado eu quiser meu suicídio
me
selarei pra sempre e servirei de consolo
ou
suprimento pra vacas no varejo do verídico
tal
sumidos setenta bilhões de seres humanos
nem
ligarei pra quem continuar a comer corpos
de
paca tatu cotia também até o tutano
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