quarta-feira, 1 de outubro de 2014

45

é sê-la sem cessar o saber duma ciência
e náufrago nos números de mais nada dar conta 
as coisas são confusas se não nos cremos sua essência  
e só somos nós e só nos sabemos a ponta
pois cedidos por célere e celerada licença   
não conhecemos nada e negligenciamos notas
do duvidoso dasein em dialética síntese
do que sonsos sabemos do sábio imagismo
do simiesco sumido e sapiens há quem ajuíze
mas suspeitamos em sonhos saudosistas como comas 
da douta doutrinação e didática antítese
do que inda não sabemos dos sensoriais sintomas
porque banzos pensamos nas pinturas das grutas 
cerca do que sabemos nem sempre imaginado
devido a desconhecermos e desconhecido ao nunca
o que não se saberá sonhado já sob senhora
de cornos insistindo com iranianas imagos
em atormentar a mente que no momento se mora
esperando a hora por horóscopos outristas
porque desde sempre houve ouvidos de ovelhas 
e não deixará de haver o aquário aquarelista
de querelas e lamúrias em lágrimas de lamear 
que queira conhecer a cantada das sereias
sem degustar olfatear tocar ouvir e olhar  

Nenhum comentário:

Postar um comentário