segunda-feira, 6 de outubro de 2014

433

ao alvor alvoroço num ataque ao batuque
dos truques do atabaque argonauta arguto
continuo sem comunismo no curso com habacuque
a questionar com cuspes o capitalismo sáurio
a democracia os deuses e o dharma absoluto
que varia até na vaca mas à vera em mim o vário
eu sou a viril voz que vadia nas cidades
pra transvalorar todos os totêmicos valores
e me movo por mim mesmo um devanagári
a partir da palavra sem pavor de doutores
livre pra ludibriar as leis da sociedade
e mano de mim mesmo um mundo só de flores
pra nada ligo senão pra longa liberdade
do sonoro império de ideias incolores
de mim mesmo testemunho pra tudo não ser tarde
e que fora das grades os gostos alheios gorem
pois são pro eu sensabores senão saber a la sartre
os meus azar pra sortir e sorte aos censores 
sem papas doc na língua de liturgia lóki contra
as contradições sangrentas do senhor civilizado
a minha lição de luz pra tais letradas sombras
mas ninguém salvo pro céu e bom selvagem falo
pra cada um cuidar do seu culo sem alfombras 
e transubstancio todos da terra num só alvo

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